13 de novembro de 2017

Amordaçados pela liberdade.

Dentre tantos avanços tecnológicos que os tempos modernos nos trouxeram e trazem continuamente, em um contexto de muitos debates, muitas opiniões e pensamentos, muita diferença em poucos indivíduos, torna-se propício e preciso falarmos de alguns “avanços” ideológicos, ou apenas novas ideologias que também vieram com os mesmos tempos.

 Sobretudo nos grandes centros, tabus estão sendo quebrados e temos convivido, algumas vezes nos relacionado, com pessoas totalmente diferentes em prática, desejo e visão.

 Particularmente, como amo o diferente! O estranho me atrai. A mente humana me fascina e a sociedade num todo me encanta. O que construímos ou destruímos, o que planejamos e o que realizamos, o que amamos e condenamos, nossa organização e nossa desorganização, tudo isso merece atenção, merece reflexão.

 Sou do tipo de pessoa que faz amizade na fila da padaria, ri durante toda a viajem com o taxista e abraça o garçom do restaurante assim que chega. Gente me chama atenção. Falar é bom, mas ouvir é incrível. E.. eu estou preocupado.

 Minha preocupação tem-se firmado na dificuldade de dizer o que penso. De uns tempos pra cá, está muito mais difícil.

 Nunca falou-se tanto em aceitação, nunca falou-se tanto em compreensão, nunca falou-se tanto sobre diversidade, nunca falou-se tanto no amor, e na gentileza, e na boa educação, e nas boas práticas de convivência humana. Nunca falou-se tanto em liberdade, e o que aparentemente viria para nos tornar mais livres, nos tem encarcerado.

 O politicamente correto prega que nem sempre devemos emitir opinião, que o certo é discordar em silêncio, e desta maneira, seguir seu caminho. Cada um pensa de um jeito, e cada um tem sua vida, e cada um pode viver como quiser. Pra que embate?

 Ideologia de gênero, diversidade sexual e religiosa, empoderamento feminino, ateísmo.

 Essas são as doutrinas do nosso século. Os assuntos presentes nos lares, nas ruas, nos ônibus, nos cafés, nas igrejas. E há uma sútil coordenação de fatores em curso, uma imperceptível reunião entre todas essas doutrinas e a pregação de como devemos nos portar; o que podemos ou não dizer, usar, propagar, e/ou incentivar; que tem nos calado.

 Afinal, ser cristão é politicamente correto, desde que você não diga a ninguém, por favor, que os homossexuais não herdarão o reino de Deus; ou que Deus fez macho e fêmea; ou que o que acontece na macumba, no candomblé e no espiritismo são manifestações demoníacas; que o católico é idolatra, e que perante a palavra de Deus a mulher deve ser submissa ao seu esposo; ou que aquele crê em Deus será salvo e aquele que não crê, será condenado.

 Esta falsa luta social pela liberdade, somada a doutrinação das diversidades, nos tem amordaçado. O preço pela boa convivência tem sido o silêncio cristão, e o conforto mundano tem prosperado frente ao real e invariável compromisso com Deus.

 Esta semana li sobre a doação de 11 mil reais por parte de uma Igreja Cristã para reconstrução de um terreiro de candomblé. Deixando de lado curiosidade coadjuvante, como se reconstrói um terreiro, finalizo indagando, humildemente, para reflexão e por zêlo.

 Até que ponto a gentileza deu lugar a conivência?



 Referências bíblicas:
 Provérbios 29:27
Abominação é para os justos o homem iníquo, e abominação é para o ímpio o de rectos caminhos.

 João 15:18, João 17:14, 1 Pedro 4, 1 João 4

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