Já estamos ouvindo o boato de um possível processo de impeachment à algum tempo. Antes das eleições era um sonho, após as eleições uma revolta e hoje é real. O processo de impeachment é real, se ele vai ser concluído da maneira que a maioria do povo brasileiro quer é o que nós ainda não sabemos.
A lava-jato entra para a história do Brasil como a maior investigação de todos os tempos. A investigação que foi capaz de revirar todo o sub mundo de podridão e corrupção que cercava - me dou ao luxo de conjugar no passado, inocentemente - o parlamento e o poder executivo. A investigação que foi capaz de dar vida ao sonho e a revolta do impeachment, atributo extremamente LEGAL, democrático, assegurado pela constituição. De qualquer maneira, embora haja legalidade, há moralidade?
A principal controvérsia do impeachment hoje é seu provável executor e regente. O presidente da câmara, Deputado Eduardo Cunha, vem sendo bombardeado com descobertas cada vez mais comprometedoras. Os valores em suas contas na Suíça, os gastos de um milhão de dólares com companhias de cartão de crédito, famosas escolas de tênis, faculdade da filha e diversos outros pontos desgastaram e muito a imagem e a autoridade de Cunha enquanto presidente da casa do povo.
O cenário não nos deixa saber o que de fato vai acontecer, não sabemos quem caíra primeiro. A questão é: Como seria, para a história do Brasil, o impeachment de Dilma executado por Cunha?
Nós queremos mesmo isso? Vale a pena? É válido? E as consequências? Imagino a militância do PT na Rua gritando "É GOLPE". É golpe? Se tornou um recurso pessoal utilizado por Cunha para proteção? Vingança?
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