Poucas vezes compreendi tão bem a
democracia e a sociedade como em junho de 2013 (a revolta dos 20 centavos), auge
das manifestações populares em São Paulo e em 2016, contexto do impeachment. Foram
as ruas milhares de pessoas requerendo sua vontade e tive oportunidade de ver
na prática algo que apenas havia aprendido teoricamente: O poder do povo.
As perguntas reverberadas aos cientistas políticos dos mais variados canais de televisão e noticiários da época, dava-se no sentido de entender tudo aquilo: O que aconteceu? Como surgiu? Como apareceu? Qual a motivação?
O GIGANTE ACORDOU.
Foi a resposta popular.
O descontentamento tomou as
pessoas de tal maneira que, reunidas em torno de um objetivo em comum,
tornaram-se imbatíveis frente aos abusos da classe política, os quais, até poderiam,
mas não se aplicam ao nosso contexto.
Pois bem.
Samuel Câmara reúne qualidades
impares e poderia ser um grande líder para a Assembleia de Deus no Brasil, não
deixasse ser levado pela ânsia incontrolável de TOMAR PODER sem, antes, conquistá-lo.
A trajetória poderia ser bonita,
o caminho poderia ser trilhado, a insistência poderia, hoje, ser interpretada
como zelo, mas, Anhembi, Maceió, Brasília,
e a postura do ministro em outras ocasiões, desconstruiu qualquer possibilidade de admiração.
O trilhar pelo caminho da
judicialização, a reincidência em causar escarnio, a repetição de baixa estratégia
de pluralização de ações visando a maculação
do pleito eleitoral, como consequência, está acordando um gigante e quem antes
reunia dúvidas agora reúne certezas: ele
não pode nos liderar.
Em meio a tantas acusações,
dissensões e diferenças, uma afirmação conquista o coração dos dois lados: a situação, diferente da oposição, tem dificuldade para
organizar-se. Outro dia eu pensava sobre isto e em instantes, mediante nova
perspectiva, acalantei meu coração com a obviedade do contexto: toda minoria organiza-se melhor.
Pr. Wellington Costa Júnior é
apoiado pela maior convenção do Brasil, ouviu declaração de voto de todos líderes
mineiros, presidentes de convenções regionais, foi escolhido por todas as
convenções nordestinas e, cansativo seria detalhar o apoio de todas as demais
instituições, mas, convenhamos: realmente não é tão simples orquestrar campanha
com tantos adeptos.
Motivo de deboche e alarde
(construído pela oposição) tem sido o
tempo que as liminares levam para cair.
Embora caiba ressaltar que o número de ações vigentes, por si só, não implica
em efeito. Exemplifico: poderiam haver cem contrárias e apenas uma a favor que
a celeuma jurídica dar-se-ia do mesmo modo, os pedidos anulam-se em conflito,
não há vitória por quantidade.
Entretanto, retomando nosso
pensamento, fico por demais satisfeito com a morosidade da equipe CGADB MAIS
PERTO DE VOCÊ frente aos embates judiciais, por razão bastante simples: estamos lidando com pastores, não com gestores.
Estranho a mim seria, se respondêssemos rápido, se resolvêssemos com celeridade, se processássemos em recíproca, se buscássemos por todos os ângulos,
perspectivas e caminhos oportunidade para anular a candidatura do opositor,
mas, não.
Fico por demais satisfeito quando
observo a transformação de cenários que aproxima a CGADB de um futuro mais saudável,
respeitoso, ético, espiritual, e de avanço doutrinário, com um líder temente a
Deus, sincero em palavras, ministro do evangelho e, sobretudo, neste contexto, PASTOR!
Que anda como Pastor, age como
Pastor, pensa como Pastor, recua como Pastor, perdoa como Pastor, mede consequências
como Pastor, preocupa-se com o rebanho como um Pastor, que trilha história,
analisa as impressões e toma decisões diferentes de um mero, gestor.
O gestor traça objetivos e metas,
despreocupado com o caminho. O gestor visa um grande crescimento, não se
importando com o pequeno. O gestor tem grandes planos, e em busca de realizá-los
se obstina a fazer o que for necessário, mesmo que isto leve-o a estratégias indigestas,
ações inescrupulosas e consequências irreparáveis.
Um Pastor nunca escolheria a
judicialização: renunciaria suas justificativas. Nunca arrastaria um nome,
construído, moldado e lapidado por mais de 100 anos à julgamento secular
inapropriado: controlaria suas motivações. Nunca ridicularizaria a própria casa:
ignoraria suas paixões.
Um gestor? Pufff. Ele
negocia.
Talvez este fato devesse ser mais
considerado pelo ministro Samuel e seus apoiadores: a renúncia que o pastorado requer.
Um amigo, sem compreender nada, levou-me a refletir muito sobre estas
diferenças e então pude entender muitas coisas.
Entendi porque as propostas de
alternância e rotatividade, de um grande canal de televisão e rádio para
comunicação ou de uma casa publicadora em cada estado, não estão fazendo a
mínima diferença.
Entendi porque a bem organizada
campanha, a maciça atuação nas redes sociais e os muito bem editados vídeos,
não estão fazendo a mínima diferença.
Entendi porque líderes como Pr. Sebastião
Rodrigues, Pr. Gilberto Marques, Pr. Oscar Domingos de Moura, Pr. Adalberto
Dutra, Pr. Ailton José Alves, Pr. Roberto José dos Santos, Pr. Álvaro Sanchez,
Pr. Nehemias Araújo, Pr. Sérgio Eleotério, dentre tantos outros, apesar de tão
impetuosamente constrangidos a fazer o contrário, escolheram o Pr. Wellington
Júnior.
Entendi, sobretudo e finalmente,
porque mesmo antes de registrar sua candidatura o ministro Samuel Câmara já
havia perdido esta eleição.
É QUE O GIGANTE, A ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL, FRENTE A TANTOS ABUSOS
E VIOLAÇÕES POR PARTE DE QUEM QUER SER GESTOR, ACORDOU: QUER UM PASTOR!
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