27 de novembro de 2018

Escola sem partido: O projeto aproveitador, desnecessário e impraticável!

1. É aproveitador por conta dos outros dois motivos: É uma retórica vazia por parte de parlamentares que englobam a câmara de deputados sob uma perspectiva fisiológica. Elegem-se com o apoio dos meios religiosos e rurais, em sua maioria menos esclarecidos e, mesmo sabendo que não é necessário tal/não é praticável tal, apoderam-se do tema buscando criar celeuma para se auto promover, é o modo constitucional de "criar dificuldade pra vender facilidade" e ter o que apresentar daqui 4 anos.

2. É desnecessário porque a doutrinação nas escolas, embora seja real, é apenas perspectiva de uma doutrinação que ocorre(u) de modo perspicaz, intenso e muito mais amplo à nível nacional. Com a entrada do novo governo, com a implementação de novas políticas, em pouco tempo o discurso vai se esvair e novos temas passarão a ser abordados. A discussão em sala de aula é reflexo do que acontece nos ambientes exteriores e não causa deles, infelizmente.

 3. É impraticável em muitos níveis, vejamos:
Todos nós, por mais arredios e loucos que possamos ser, temos em nossa formação um fundamento ideológico. Pode ser ideológico-cultural, ideológico-histórico ou ideológico-religioso, mas definitivamente temos uma ideologia que em algum momento da vida, nas mais diversas e infinitas ocasiões, nos foi apresentada. Talvez sem uma introspeção fique difícil observar a amplitude disso, mas nossa formação ideológica rege muito do que fazemos enquanto seres sociais. Ela influi na maneira que nos relacionamos, nos locais quais frequentamos, às vezes no modo que nos alimentamos e sem dúvida nenhuma também influi na atividade econômica que desempenhamos.

Todo professor por mais profissional, técnico e disciplinado que seja, ainda assim é um ser humano e social, dotado de uma formação ideológica que implica em sua conduta comportamental. E então? Como definir um ensino sem partido? Exatas, por exemplo, sob rasa análise seria uma área menos afetada por influencias ideológicas. Será?

Vamos fiscalizar como os professores de matemática se relacionam? Como os de química se vestem? O que brincam ou falam com os alunos? Se usam um broche do Che-Guevara ou se possuem um iPhone X como símbolo maior do capitalismo-brutal e assassino americano? Vamos procurar saber se são veganos? Vamos submete-los à um exame toxicológico na sala dos professores para saber se usam maconha ou cheiram cocaína? É impraticável!

A linha entre o enfoque que deveria ter e o que irá ter é muito tênue. Não há texto jurídico, por mais bem escrito que seja, capaz de exaurir dúvidas à cerca do que é ou não é influenciar um aluno. Imagine a vida difícil dos que lecionam história, sociologia ou filosofia, imagine quão louco seria se

alguém denunciasse a professora de geografia porque falou bem da conjuntura econômica dos Estados Unidos e mal do trabalho escravo da China? Não é praticável.

Desde que mundo é mundo há posição e oposição; ponto e contra ponto; esquerda e direita, vence o mais forte, o mais coeso, o que arrebata mais adeptos, é assim que tem que ser!

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